A dor no calcanhar é uma das queixas mais comuns dos pacientes no consultório. Este sintoma é mais frequentemente causado pela fasceíte plantar (mais conhecido como “esporão plantar”), mas a condição também pode ter outras causas, como: fratura por estresse, tendinite, artrite ou compressão do nervo tibial. Como existem várias possíveis origens desta complicação, é importante ser examinado e diagnosticado corretamente.
O que é a fasceíte plantar?
Fasceíte plantar é uma inflamação da faixa de tecido (fáscia plantar) que se estende desde o calcanhar até os dedos dos pés. Nesta condição, a fáscia primeiro torna-se inflamada e, em seguida, degenerada, resultando em dor no calcanhar devido micro-lesões diárias.
Quais são os sintomas da fascite plantar?
Os sintomas da fasceíte plantar são:
- Dor na parte inferior do calcanhar
- Dor que é geralmente pior ao levantar
- Dor que aumenta ao longo de um período de meses
As pessoas com fasceíte plantar muitas vezes descrevem que o pior momento da dor acontece quando se levantam de manhã ou depois de terem permanecido sentados por longos períodos de tempo e que, depois de alguns minutos de caminhada, a dor diminui. Normalmente, isto acontece porque caminhar estende a fáscia, aliviando o incômodo. Para algumas pessoas, a dor pode retornar após um longo período em pé.
Quais são as causas da fasceíte plantar?
A principal causa da Fasceíte é a sobrecarga plantar, podendo esta ser devido:
- Treino esportivo
- Calçado inadequado
- Obesidade
Outras causas podem estar relacionadas com o formato dos pés (pé plano ou pé cavo) e processos degenerativos (envelhecimento dos tecidos).
O diagnóstico
A avaliação da história clínica e do exame físico são essenciais para o diagnóstico adequado. Em caso de dúvida ou da possibilidade de outra patologia, poderemos lançar mão de exames de imagem – como a Ressonância Magnética.
Opções de tratamento
A base do tratamento da fasceíte é o alongamento da fáscia plantar, que normalmente está encurtada e degenerada. Este alongamento é realizado na extensão dos dedos, massageando a face plantar do pé. Após a orientação correta no consultório, é possível iniciar estes exercícios em casa; porém, muitas vezes os pacientes são encaminhados também à fisioterapia.
Parte desta estratégia inicial envolve também orientação de calçados e, possivelmente, palmilhas especiais.
Embora a grande maioria dos pacientes (80-90%) com fasceíte plantar respondam ao tratamento não-cirúrgico , uma pequena percentagem de pacientes podem necessitar de imobilizadores noturnos ou até tratamentos mais agressivos, incluindo terapia de ondas de choque, infiltrações ou cirurgias. Discutiremos as melhores opções no consultório.