Condropatia Patelar: exercícios para ajudar com lesões de cartilagem da patela!

Condropatia patelar é uma das condições dos membros inferiores mais comuns observadas na prática ortopédica, particularmente prevalente em pessoas mais jovens e que são fisicamente ativas.

As mulheres parecem apresentar maior risco para o desenvolvimento de condropatia patelar do que os homens.

O problema dessa lesão é realçado pelo fato de que 70% a 90% dos indivíduos com essa condição têm dor recorrente (que incomoda o paciente por um tempo longo e contínuo) ou crônica (que não melhora mesmo após o tratamento).

Isto acontece devido a articulação femoropatelar receber as maiores cargas em atividades físicas! Um bom exemplo é quando estamos correndo – onde essa articulação pode suportar até 8x o peso corporal.

Os sinais e sintomas mais comuns são: limitação das atividades de vida diária como subir e descer escadas, agachar, permanecer sentado por períodos prolongados, e alterações da marcha.

É importante salientar que, na presença de dor, haverá diminuição da atividade, tempo e resistência muscular, causando alterações nos padrões de movimento.

Pontos-chaves de um programa de reabilitação de condropatia patelar são:

  • Fortalecimento de quadríceps e quadril;
  • Recuperação da estabilidade proximal;
  • Restabelecimento ativação muscular;
  • Treinamento sensório-motor;
  • Evitar a dor durante exercícios.

Há evidência na literatura de que tratar a fraqueza de quadril pode diminuir a dor causada por essa lesão, porém o fortalecimento do quadril deve ser encarado como parte de um programa de reabilitação e não como sendo o principal tratamento.

Melhora da função e atividade muscular inclui:

  • Englobar o fortalecimento de todos os grupos musculares de membros inferiores;
  • Ênfase no fortalecimento de quadríceps e musculatura de quadril (glúteo médio e máximo);
  • Eletroestimulação do músculo vasto medial oblíquo;
  • Associação de exercícios em CCF e CCA;
  • Sobrecarga progressiva;
  • Manter o tratamento de 6 a 12 meses.

Melhora da capacidade de absorção de choque:

  • Movimentos em CCF com cargas e impactos leves (ex: hopping, skipping, jump squats);
  • O aumento na amplitude de movimento de dorsiflexão de tornozelo aumenta o tempo de absorção da energia

CORE Training – melhora o controle lombo pélvico:

  • Co-contração muscular de pelve, abdômen e lombar (ex: prancha, abdominal isométrico)
  • A falta de controle lombo pélvico tem grande potencial em alterar a distribuição de carga nos membros inferiores.

Sempre lembramos que é essencial ter um acompanhamento profissional antes de realizar essas atividades!

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